sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Aerith Taura Berá

Nada melhor do que poder acompanhar o desenvolvimento dos filhotes que colocamos no mundo, Aerith Taura Berá pertence a nossa primeira ninhada - e primeira da raça na América Latina - e hoje encontra-se com 3 anos.
Propriedade de Jessica Paes, canil Valhalla Guardians.















Não se esqueçam de nos acompanhar também pelo Facebook, curtindo nossa página! 

domingo, 20 de maio de 2012

Enar Spod Dumbiera x Mona Radov dvor

Depois de 1 ano de espera finalmente nosso canil terá mais uma ninhada, a terceira ninhada de Cão Lobo Tchecoslovaco da America Latina também terceira ninhada de nosso canil.

Vamos falar um pouco mais sobre nossa ninhada C, acasalamento entre Enar Spod Dumbiera com Mona radov dvor, já confirmada pelo o USG que mostrou a existência de 4 filhotes.

Enar Spod Dumbiera, cão vindo de uma linhagem muito antiga por parte de pai, Artex Radov dvor, e de uma muito bem utilizada linhagem eslovaca por parte de mãe Arys z Oravy.

 Enar Spod Dumbiera

Enar é um cão de temperamento impecavel, simplesmente encantador, destemido, curioso, extremamente gentil e carinhoso, em pouco tempo vivendo conosco já se considera um membro da família.
De aparencia extremamente lupina, apresenta diversas caracteristicas de seu pai, como a ossatura, tendo também uma cabeça muito forte, lupina e masculina, o que lhe dá um olhar especial.

Enar Spod Dumbiera

Artex Radov dvor: Conheci Artex pessoalmente em 2009, quando fui buscar Mona Radov dvor, com seus 13 anos, muito mal cuidado e já cego devido as péssimas condições de vida, mesmo assim, era um cão grandioso, extremamente lupino com uma estrutura invejavelmente forte e bem constituída. Mesmo pouco saindo de seu pequeno canil, ele se mostrava destemido e muito amigável com qualquer pessoa que por ali passasse.

 Artex Radov dvor

Em uma leitura superficial do pedigree de Artex temos uma tipica linhagem puramente eslovaca, muito antiga e próxima a cães que se encontram na base da formação da raça, porém vindo de acasalamentos únicos.
Artex é fortemente consangüineo no cão que padronizou o Cão Lobo Tchecoslovaco morfologicamente, Rep z Pohranicni Straze, tendo ele triplamente como avô, aparecendo outras vezes mais atrás em seu pedigree, o pai de Artex Radov dvor, Amir Bonus, foi o único filho do acasalamento entre Aja Frovan com Flit z Rosikova , sendo ele consanguineo em Flitz z Rosikova assim como em Gyra z Pohranicni straze, mãe de cães como Archibald z Ivanky pri Dunaj CS, conhecido por passar excelente ossatura para seus filhos.
Filho de Drina Trencan, único cão do acasalamento entre Cortina Pohostinstvo CS com o famoso Cezar od Pavlisina Cs a dar continuação a linha.

Rep z Pohranicni Straze

Analisando sua linhagem, percebemos o quanto próximo este cão encontra-se dos animais que fundaram a raça e, consequentemente, sua consanguinidade no lobo Sarik.

Artex Radov dvor - nesta foto é possivel ter uma noção de suas condições

Arys z Oravy: Filha de Casanova Zlata Zila com Gracia dór, Casanova é o único cão existente vindo do acasalamento entre Axel Imad Issa com Asta od Grandtnerov CS, um cão vindo de uma conexão única e que fez apenas uma ninhada, em sua linha podemos encontrar como avô Archibald z Ivanky pri Dunai CS novamente.

Arys z Oravy

Gracia dór foi uma das melhores matrizes do canil z Oravy, sendo irmã do lupinissimo Gaius dór, que pode ser encontrado também como avô de Jezebeth z Peronówki.

Gaius dór

Mona Radov dvor, cadela de linhagem completamente eslovaca também trazendo em seu pedigree uma proximidade grande com cães muito antigos, filha de Blek z Liehovarského dvora com Esa Radov dvor, é neta de Artex Radov dvor por parte de mãe, sendo seu pedigree uma consanguinidade media na ninhada B. Zlata Zila e em Aja Frovan.

Mona Radov dvor

Como podem perceber este acasalamento será uma consanguinidade segura, porém relativamente forte, em Artex Radov dvor e por este motivo dei tantos detalhes sobre sua linha.

Esta ninhada gerará cães com sangue completamente eslovaco, algo raro hoje em dia, com consanguinidade em cães dificeis de serem encontrados nos pedigrees atuais com tal proximidade, esperamos com ela resgatar o que vem sendo perdido na raça atualmente, cães como Artex, com uma estrutura forte sem deixar de ser leve, cães extremamente lupinos e com muita saúde.

Enar Spod Dumbiera

Enar Spod Dumbiera é portador da mutação do gene SOD1, responsavel pela Mielopatia Degenerativa, enquanto Mona Radov dvor é isenta de tal mutação, isso nos dá a mais completa segurança de que NENHUM dos filhotes serão afetados pela Mielopatia Degenerativa, Enar é isento de Displasia Coxofemoral (A), exame obrigatório na Eslovaquia para que o cão se torne um padreador, Mona possui grau “próximo ao normal” (B) sendo isenta de Displasia dos Cotovelos (0-0).
Os pais de ambos os cães são também isentos de Displasia Coxofemoral, assim como os irmãos dos mesmos apresentaram ótimos resultados:
Ninhada E. Spod Dumbiera: 7 Cães no total, 5 cães radiografados para Displasia Coxofemoral sendo 3A, 1B, 1C, um cão radiografado para Displasia de Cotovelos, sendo ele isento (0-0)
Ninhada M.Radov dvor: 4 Cães no total, 2 radiografados para Displasia Coxofemoral e Displasia de Cotovelos, ambos grau B para Coxofemoral e isentos para Cotovelos.

Mona Radov dvor


Estes resultados mostram que os filhotes desta ninhada possuem baixissimas chances de manifestarem qualquer doença conhecida na raça.

Esta é a primeira ninhada que planejamos para este ano, também temos planos para acasalar Jezebeth z Peronówki com Enar Spod Dumbiera, aconselhamos aos interessados que não esperem o anuncio da ninhada para fazer as reservas.

Maiores informações sobre reservas de filhotes podem ser vistas AQUI.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Chegada de Enar Spod Dumbiera e Grácia z Oravy ao Brasil!

Na postagem anterior disse que o ano de 2012 seria cheio de novidades, com grandes acréscimos para a raça no Brasil. Depois de muita negociação, 40 dias de viagem, muito frio, neve e gelo, conseguimos garantir que o ano de 2012 já começasse com ganhos para a raça.

Além de ter me atualizado um pouco mais sobre as péssimas condições em que a raça se encontra mesmo os países de origem, voltamos com duas verdadeiras perolas da raça para o Brasil.

Enar Spod Dumbiera, um padreador temporário que irá ficar no Brasil por 1 ano e então retornará para a Eslovaquia, onde continuará sendo usado como padreador e Gracia z Oravy, cachorrinha eslovaca que agora integra o plantel do canil Jacks' Wolfpack como futura matriz.

Enar Spod Dumbiera é um padreador de sangue puramente eslovaco que já fez 6 ninhadas no país de origem, isento de Displasia Coxofemoral, filho de Artex Radov dvor com Arys z Oravy, uma linha rara por parte de pai e famosa por parte de mãe.

Vi Enar na minha primeira viagem, quando fui buscar Jezebeth e Oskar, naquela época ele ainda não tinha o corpo completamente desenvolvido em musculatura, porém já deixava claro que teria uma ossatura extremamente forte e uma cabeça descomunal ao mesmo tempo que lupina.

Enar Spod Dumbiera

Enar tem um temperamento apaixonante, a melhor palavra para descrevê-lo é equilíbrio, sendo amigável com os mais diferentes cães, incluindo machos jovens e adultos que não tentem desafiar sua liderança, um verdadeiro Pet, educado e gentil com os mais diferentes animais, incluindo gatos.

Enar Spod Dumbiera

Quando fui buscar Mona Radov dvor tive o prazer de encontrar o pai de Enar pessoalmente, Artex Radov dvor, com seus 13 anos, em péssimas condições de vida, ao mesmo tempo mostrava uma ossatura absurdamente bem desenvolvida, forte sem ser jamais pesado, uma cabeça extremamente lupina e um temperamento muito aberto.

Infelizmente, a seleção errônea feita atualmente pela maioria dos criadores vem cada vez mais degenerando a raça, hoje em dia, encontrar cães com boa ossatura ou mesmo típicos ao padrão da raça é algo que vem se tornando cada vez mais difícil, achar cães com linhagens diferentes e que mantenham apenas sangue eslovaco ou moravia está se tornando uma raridade.

Enar Spod Dumbiera

Falando em linhagem eslovaca e moravia não poderia deixar de mencionar Grácia z Oravy, que ficou conhecida como Fafik no exterior devido a sua pelagem perfeitamente adaptada ao rigoroso inverno que atingiu o Leste Europeu neste ano.

Grácia z Oravy conhecendo a matilha.

Podemos dizer que a pequena mocinha foi cavada para fora da neve dias antes de eu buscá-la, gordinha e relativamente bem socializada logo aprendeu as regras das matilhas em que vivemos nesse meio tempo, mostrando ser um cão completamente encantador, tão encantador que quase a roubei da Amanda.

Seu nome foi dado pelo criador em homenagem a sua cachorra preferida, Grácia Dór, avó de Gracia z Oravy, essa menina também foi escolhida a dedo pelo mesmo, visto que já era de conhecimento que ela iria para a criação.

Grácia z Oravy após tomar banho

Grácia z Oravy possui uma linha de sangue muito especial, sendo filha de Bajkal Tajomny Tulak com Dona z Oravy.

Bajkal Tajomny Tulak é filho de Dag z Tematínskych kopcov, único cão usado na criação vindo de uma linha de sangue que por pouco não desapareceu, tendo ele feito apenas duas ninhadas, sendo a primeira com uma fêmea de linhagem Tcheca, que deu origem a 10 filhotes e a segunda fêmea de linhagem puramente Eslovaca, que deu origem a 2 filhotes, Bajkal e sua irmã Bella. Infelizmente a maioria desses filhotes acabou desaparecendo.

A raridade da linha e Grácia não para apenas pelo lado paterno, Dona z Oravy é a única filha do acasalamento entre Bony z Mesta Sadske com Grácia Dór.

Bony z Mesta Sadske, cão da região da Moravia, sendo junto com sua irmã Bona z Mesta Sadske, um dos poucos cães vindos do cruzamento entre Aran Kanator com Elza z Braunsteinova dvora que deixou descendentes, porém, infelizmente, apenas alguns poucos filhos de Bony, vindo de acasalamentos compatíveis com sua linha de sangue, não vieram a desaparecer e deram continuação a sua linha de sangue, os filhos de Bona desapareceram.

Grácia z Oravy

Como podem ver, Grácia z Oravy é um cão muito especial, possuindo genética de altíssima qualidade e de extrema importância para a raça, estando esta menina nas mãos de Amanda, temos a certeza de que esta preciosa genética será muito bem aproveitada e irá colaborar muito para a seleção da raça no Brasil, esperamos que as irmãs de Grácia não venham a desaparecer, como parece ser uma constante na raça, e que venham também a colaborar para a seleção da raça no país de origem.

Mona Radov dvor & Enar Spod Dumbiera

Futuramente irei escrever mais sobre a linha de sangue de Enar assim como sobre os futuros acasalamentos que ele fará aqui no Brasil e o que esperamos dos respectivos filhotes.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Resumo de 2011 e um pouco dos planos para 2012.

Primeira postagem de 2012 no Blog e nada mais justo do que começar fazendo uma leve
retrospectiva do ano de 2011, colocando um pouco dos nossos planos para o ano de 2012.

Podemos dizer que 2011 não foi um dos anos mais produtivos para a raça no Brasil e nem na America Latina, iniciamos o ano com diversos planos, um deles era o de acasalar Mona Radov dvor e Jezebeth z Peronówki com Iran Zemplinska Oblast, na esperança de que nosso amado velhinho ainda tivesse capacidade de fazer estas duas ultimas ninhadas que seriam de grande importância para a raça, principalmente quando falamos da ninhada de Iran com Mona, onde teríamos a abertura das linhas vindo com um acasalamento com sangue materno completamente diferente e 100% eslovaco de ambos os lados, Mona e Iran, dois cães de sangue eslovaco com linhas extremamente raras e preciosas para raça. Infelizmente, acasalamento este que se concretizou por mais de 3 vezes, mas que não resultou em filhotes.

No primeiro acasalamento entre Mona e Iran os 3 filhotes vistos no USG foram absorvidos, após isso Mona entrou no cio mais 2 vezes, acasalando com Iran todas as vezes, tanto por Inseminação Artificial, quando o velhinho não quis montar, quanto naturalmente.

Tentamos acasalar Iran com Jezebeth novamente, além dos resultados da ninhada B terem sido muito bons, o número de filhotes foi muito pequeno, mesmo estando ambos os filhotes em boas mãos, por uma questão de segurança tentamos aumentar o número de irmãos de Beeta e Bahram, infelizmente, a ampliação da ninhada B ficou apenas nos planos.

Não obtivemos sucesso em nenhuma das montas, fazendo um espermograma chegamos à conclusão de que os 12 anos de Iran estavam pesando na sua capacidade reprodutiva, infelizmente, isso invalidou até mesmo a possibilidade de congelar e guardar sêmen de Iran para a posteridade.

Não podendo mais reproduzir e com seus 13 anos completos, o que restou a Iran foi virar o paparicado Pet idoso da casa. Ter a oportunidade de conhecer Iran pessoalmente, mas melhor ainda, de conviver com ele, é uma honra para qualquer criador de Cão Lobo Tchecoslovaco, devido à importância de tal exemplar para a criação atual e para o futuro da raça, sem dúvidas, Iran se encontra na listinha de exemplares míticos para qualquer criador da raça que tenha um mínimo de conhecimento em relação às linhas de sangue e padrão de raça.

Não restam dúvidas de que num futuro próximo teremos algumas ninhadas consangüíneas em Iran, sendo que atualmente já se tenta isso em seus parentes próximos.


Iran Zemplinska Oblast'

Em Setembro também tivemos de viajar até Espirito Santo, viagem esta que jamais esperávamos que iria ocorrer, não a viagem em si, mas os motivos que a causaram: Devido a problemas pessoais dois de nossos cães tiveram de mudar de proprietário, Angeal e Aerith.

A viagem foi de carro, visto que trazer os cães de avião sairia MUITO mais caro do que indo buscar pessoalmente de carro, sem contar na incerteza devido ao enorme despreparo e desrespeito por parte das companhias aéreas presentes no local, aprendemos uma enorme lição com este caso em relação a escolha dos futuros lares de nossos filhotes, levando em consideração a existência de conhecidos no local dispostos a resgatar o cão em caso emergencial e também a existência de transporte acessível e rápido.

Não tenho palavras para agradecer a Jessica do canil Valhalla Guardians, dona de Beeta Taura Berá que não apenas ajudou nos custos com o transporte, como também virou a nova mãe de nossas duas crianças, que agora encontram-se muito bem tratadas, estando nas mãos de uma proprietária extremamente responsável e experiente, como todo o criador deve ser.


Aerith & Angeal Taura Berá chegando em Curitiba.

Este ano a cinofilia brasileira contou com a participação da raça em mais exposições, diferentes exemplares em diferentes locais, também o Brasil bateu o recorde de Cães Lobos Tchecoslovacos em pista, contando com 4 exemplares nas mais diferentes classes, a primeira vez que isso ocorreu nas Américas sendo até o momento algo único. Pequeno número de cães, mas um fato histórico para uma raça que recém está começando no país. Esperamos repetir isto em 2012, porém com mais exemplares.

Podemos dizer que em exposições a raça teve diversos sucessos, sendo a qualidade de nossa criação e do trabalho feito pelo proprietário do cão, reconhecido fortemente pelos juízes, que sempre lembravam da raça dando local em Melhor de Grupo e por vezes na grande final, o Best In Show.

Beeta & Bahram Taura Berá - foto por Amanda Canetta.

Minha participação em exposições foi pequena, apenas uma exposição levando Arthas (galopante) e Iran, este reconhecimento, os títulos e o treinamento, tudo isto devemos a Amanda, do canil Jack’s Wolfpack, que fez um trabalho maravilhoso, dando um show em pista com Bahram Taura Berá, sem dúvidas a dupla Cão Lobo / Proprietário mais elegantes que já vi!


Amanda & Bahram - Foto por Juliana Xavier

Podemos dizer que 2011 se tornou em um ano de negociações para 2012, entre padreadores temporários e novos exemplares, sem dúvidas teremos muitas novidades e verdadeiros ganhos em prol da raça para contar em 2012, maiores detalhes? Apenas quando se concretizarem.

A presença e colaboração de outros criadores brasileiros na raça tornou possível para 2012 algumas modificações nas vendas dos filhotes, que além de tornar a aquisição de um exemplar mais acessível financeiramente, também nos dará maior segurança em relação ao destino de nossos filhotes, logo publicaremos as mudanças na página “reservas” do Blog.

Se tudo ocorrer como o previsto, 2012 tem tudo para ser um excelente ano para a raça no Brasil, para aqueles que a tanto esperam por um filhote quanto para aqueles que recém tomaram a decisão de adquirir um, também para todos os amantes da raça, que torcem pelo futuro da mesma no país.

Gostaria muito de agradecer a aqueles que aceitaram o fardo de criar seriamente uma raça que passa por tantos problemas como o Cão Lobo Tchecoslovaco, uma raça que além de recém estar começando aqui, passa por sérios problemas nos países de origem.

“Uma andorinha só não faz primavera.” - Aristóteles


Beeta & Bahram Taura Berá - foto por Amanda Canetta

domingo, 23 de outubro de 2011

Displasia Coxofemoral

O Cão Lobo Tchecoslovaco é uma raça considerada saudável em comparação com as outras raças existentes, porém, isso não significa que a raça seja completamente isenta de doenças.
Devido ao pequeno pool genético da raça qualquer caso registrado de doença com fundo genético já é o suficiente para deixar os criadores em alerta e começar uma pesquisa com o intuito de saber quantos animais afetados por tal doença poderão ser encontrados, principalmente na linha do exemplar afetado.
Ha alguns anos atrás isso ocorreu com o Nanismo Hipofisário (que falaremos futuramente), problema que poucos criadores já haviam presenciado ou simplesmente sabiam de sua existência, devido a um exemplar que foi oficialmente diagnosticado com esse problema, a procura por amostras de sangue deste animal começou a ser feita para a confirmação do exame genético, que mostraria a presença do gene responsável pelo Nanismo na raça ou não. Para a surpresa dos criadores, acabamos descobrindo que mais cães são portadores heterozigotos do gene do nanismo hipofisário no plantel mundial do que esperávamos, o que significa que a a doença estava mais espalhada do que qualquer pessoa imaginava.

Se o Nanismo Hipofisário, doença que começou com a descoberta de apenas um exemplar afetado hoje em dia já começa a ser um problema, que deverá entrar aos poucos na seleção do plantel, não preciso comentar da grande preocupação que a Displasia Coxofemoral nos causa, principalmente quando nos lembramos que o número de animais afetados por ela é infinitamente maior.

O que é Displasia Coxofemoral?
Dis=má + plasia=formação (má formação) da bacia, que ocasiona um afrouxamento das articulações coxofemorais (encaixe da cabeça do fêmur no quadril).
No cão saudável, sem sinais de displasia, a cabeça do fêmur está encaixada perfeitamente na cavidade do quadril. No animal com displasia, há um desencaixe, que provoca atrito. Com o passar do tempo esse atrito destrói a cartilagem da articulação, essa destruição é chamada artrose.
A displasia coxofemoral canina não é o mesmo que artrite/artrose da coxofemoral, mas é a principal causa de artrite/artrose da articulação coxofemoral.

Sinais mais comuns:
Um dos principais sinais causados pela displasia é a dor.
Por causa da dor, os animais podem começar a mancar, passam a ter um rebolado diferente, às vezes passam a fazer o pulo do coelho, saltando com as patas traseiras juntas. Tudo isso para evitar movimentar a articulação que dói. Alguns começam a atrofiar os músculos dos posteriores, pois usam a força dos anteriores, ficando até mais fortes na frente.
Em muitos casos graves, a displasia leva à incapacidade de locomoção, sendo necessária intervenção cirúrgica.
É muito importante saber que existem muitos casos assintomáticos, onde, independente do grau, o animal não demonstra sentir nada, anda, pula e corre muito bem.

Como saber se um cão tem displasia coxofemoral?
Somente com a radiografia das articulações coxofemorais, realizada por um veterinário profissional, credenciado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária.
Com a radiografia em mãos este veterinário verifica o grau, avalia e classifica a articulação, dando um laudo onde constam essas informações.
A escolha do profissional é muito importante, é necessário buscar indicações de veterinários competentes.
Pergunta muito comum: ANALISANDO A MOVIMENTAÇÃO DO CÃO, UM CRIADOR OU VETERINÁRIO EXPERIENTE PODE AFIRMAR SE UM CÃO TEM DISPLASIA?
Resposta: NÃO!!!!! Observando o cão, sem realizar a radiografia, uma pessoa vai estar apenas arriscando um palpite, e nesse caso há sempre cinqüenta por cento de chance de acertar (Sim ou Não). Volto a dizer, e reforço, que existem muitos casos de cães que se movimentam mal, mas tem excelentes articulações, assim como existem casos de cães aparentemente perfeitos, que trotam muito bem, mas ao serem radiografados revelam articulações severamente comprometidas pela displasia.
Aquela história de afirmar que o cão que deita de barriga no chão com as pernas abertas (posição de sapo) não tem displasia é totalmente equivocada, pois aquela posição tem relação com elasticidade muscular e não com displasia. Muitas pessoas possuem cães displásicos que deitam assim.
Só pode ter certeza que um cão não tem displasia quem submetê-lo a radiografia da articulação coxofemoral quando adulto!

Classificação do grau de displasia pelo método de Norberg (Aceito pela FCI)
Grau A (HD -) - articulação normal / isento de displasia
Grau B(HD+/-) - próxima do normal
Grau C (HD +) - displasia leve
Grau D (HD++) - displasia moderada
Grau E (HD+++) - displasia severa
Um cão só é totalmente isento de displasia se for HD (-).
O HD (+/-), por exemplo, é uma articulação quase normal, mas não é isenta.
Até o grau C, o cão é aceito para reprodução.
Porém, um animal grau C, deverá preferencialmente acasalar apenas com animais de grau A.
O método utilizado é o de Norberg, onde se mede o ângulo da articulação e também há uma parte de avaliação do estado geral da articulação e acetábulo.

Cão Isento para Displasia Coxofemoral

Radiografia tradicional (Norberg) em cães jovens:
Quando há sintomas precoces de displasia, o veterinário poderá solicitar a radiografia coxofemoral de um filhote, que resultará num laudo descrevendo o estado da articulação naquele momento.
Caso o animal seja displásico, será tratado de imediato para amenizar os sintomas e deverá repetir a radiografia quando adulto para acompanhar a evolução do problema.
Caso não apresente a displasia quando filhote, deverá repetir a radiografia quando adulto, pois displasia é um mal degenerativo, que se manifesta durante o crescimento. Ou seja, ele poderá não ser/parecer displásico quando filhote, mas sê-lo depois de adulto.

Idade para os exames:
A idade em que são aceitos os exames de Displasia Coxofemoral varia muito de acordo com as normas da instituição ou país onde elas serão oficializadas, no Cão Lobo Tchecoslovaco aconselha-se que os cães tenham PELO MENOS 18 meses para que os resultados sejam considerados oficiais, porém, devido a maior precisão dos resultados, [u]a preferencia sempre será que as radiografias oficiais sejam feitas aos 24 meses.[/u]

Pais sem displasia podem gerar filhotes com o mal?
Infelizmente é isso mesmo. Ao contrário de atributos de natureza genética como cor dos olhos, a displasia é poligênica. Isso significa que há vários pares de genes envolvidos no processo o que dificulta consideravelmente o trabalho de "limpeza" do pool genético do mal.
Isso é apenas MAIS UM MOTIVO para os criadores procurarem trabalhar SÉRIO dentro do seu programa com essa questão. A experiência dos criadores de Pastor Alemão mostra que em 5 ou 6 gerações de seleção séria, aumentaremos sensivelmente as chances de produzirmos cães sem problemas.
Assim, não basta uma geração para garantir filhotes livres do problema. Por outro lado, esse fato não é justificativa para os criadores não iniciarem um trabalho sério quanto a esse assunto. O trabalho precisa ser feito, e sempre começa por não cruzar cães com displasia. Quanto mais se seleciona o plantel, maiores as chances de produção de cães livres do mal.
Quanto mais gerações anteriores controladas, menores as chances de nascerem cães com displasia.

Combate à displasia:
Displasia é genética, mas é POLIGÊNICA, recessiva e intermitente, por isso pode pular uma geração (ou até mais) de cães isentos e então surgirem descendentes displásicos.
Fatores desfavoráveis podem agravar a displasia de um cão que herdou a condição genética para ser displásico.
Quanto maior o número de gerações controladas, menor será a chance de produzir cães displásicos.
Fechamento exagerado de linha de sangue, ou seja, o uso da endogamia utilizada para fixar as características das raças pode contribuir para fixar problemas genéticos como a displasia.
O que se fala de displasia adquirida, vem de tempos em que nem se sonhava com DNA, pesquisas genéticas etc.
Hoje em dia existe falta de informação, e erro de interpretação, ao confundir o fato de que nutrição e manejo podem agravar, mas NÃO CAUSAR displasia. Não existe displasia adquirida, ela só vai se manifestar se o cão tiver herdado genética para tal degeneração.
Segundo Dr.Luis Renato Veríssimo de Souza (Vice Presidente da Associação Brasileira de Radiologia Veterinária no ano de 2007) é imprescindível a conscientização de criadores e proprietários de que o combate a displasia coxofemoral só é possível através da seleção criteriosa de machos e fêmeas radiografados. Em contato com radiologistas renomados de todo o país ele pode perceber que já ocorre sensível melhora nos resultados, especificamente de criações com controle rigoroso de várias gerações.

Displasia Coxofemoral Bilateral Severa

Seleção no Cão Lobo Tchecoslovaco
Independente das regras existentes nos diferentes países, por uma questão de ética e respeito o que é exigido na criação da raça nos países de origem se tornam obrigatórios para todos os criadores quando falamos de doenças. Os exames de Displasia Coxofemoral são obrigatórios para que qualquer cão da raça possa ser usado na criação na Rep. Eslovaca, patrono da raça e também na Rep Tcheca, que fez parte em sua criação, da mesma forma que os exames de Displasia Coxofemoral são obrigatórios para que o criador seja aceito como tal e possa anunciar suas ninhadas na base de dados internacional da raça, isso cria um código de ética internacional em relação a estes exames, mesmo que eles não sejam obrigatórios em seu país, atualmente, a ausência destes exames em animais que foram usados para o acasalamento comprovam desconhecimento por parte do criador, que nesse caso não poderia estar criando, ou simplesmente má-fé. Deixo isso claro porque o que não faltam são debates e artigos sobre a doença nos fóruns e sites envolvendo a raça assim é também com a publicação dos resultados, não apenas dos cães de propriedade do criador, mas também dos cães de sua criação.

Devido as características genéticas da Displasia Coxofemoral, aconselha-se que todos os proprietários de Cão Lobo tchecoslovaco, incluindo aqueles que não pretendem usar seus cães para a criação, radiografem e publiquem os resultados ou os enviem para o criador juntamente com uma cópia do laudo escaneada ou fotografada.
A única forma de um criador saber o que o seus cães estão passando é vendo os resultados dos filhotes, no caso da Displasia Coxofemoral isso é de grande importância, visto que animais isentos podem fazer filhotes com o problema, saber o quanto tal matriz ou padreador estão passando a doença para os filhotes é crucial para a seleção da raça, quanto mais animais radiografados, maior precisão teremos em relação aos cães usados para a criação, menores as chances de nascer animais doentes.

Em algumas raças os clubes dos países de origem já estão retirando de criação os animais que recebem o resultado C, isso é um sonho não tão distante no Cão Lobo Tchecoslovaco, porém, devido ao pequeno pool genético da raça e a massiva quantia de linhas de sangue que estão sendo perdidas, esta seleção ainda não é possível, visto que abalaria de mais na diversidade genética da raça como um todo.

Em todos os acasalamentos, a linha de sangue do cão deverá ser cuidadosamente analisada, como explicado anteriormente, ser isento de displasia não garante a saúde dos filhotes, principalmente nos tantos casos de cães isentos “por sorte” que encontramos por aí, animais com uma linha de sangue com fortes tendencias para a doença, mas que “por sorte” foi um dos poucos filhotes que acabou sendo isento.

Evitando fatores desfavoráveis:
Quando o filhote está se desenvolvendo, não sabemos se ele herdou genética para ser displásico, então devemos evitar fatores que podem piorar a displasia. Pois a transmissão é hereditária, mas fatores ambientais podem agravar a displasia.

O que é prejudicial:
- obesidade.
- suplementação alimentar sem acompanhamento veterinário.
- exercícios forçados.
- permanecer muito tempo em superfície escorregadia (não é apenas liso, é escorregadio, onde o cão sofra traumas constantemente).
- acesso livre a escadarias.

O que é benéfico:
- nadar.
- sob supervisão do veterinário, dar condroprotetores durante infância e crescimento. -Controlar o peso e Manter o filhote em piso adequado.

OBS: Condroprotetor: é uma nova classe de medicamentos, recomendada para recompor o desgaste das cartilagens articulares. Estes medicamentos contêm compostos existentes na estrutura bioquímica da cartilagem. Quando há destruição da cartilagem as células destruídas eliminam fatores químicos que iniciam o processo de inflamação, causando dor e mais destruição.
Os agentes mais utilizados nos medicamentos condroprotetores, são sulfato de condroitina e sulfato de glucosamina. Podem ser administrados de acordo com a indicação do veterinário.

Tratamentos disponíveis:
Existem tratamentos conservadores, com utilização de antiinflamatórios, condroprotetores, exercícios, fisioterapia, homeopatia e acupuntura. Estes tratamentos são eficientes em muitos casos, mas dependendo da severidade do caso, seus efeitos podem ser limitados.
As outras opções são cirúrgicas, sendo que o veterinário deverá avaliar se os benefícios destas se aplicam ao caso específico, principalmente levando em conta que a maioria das cirurgias ortopédicas é muito invasiva e elas podem deixar seqüelas e complicações.
Há dois tipos de conduta cirúrgica, no tratamento de displasia coxofemoral: A cirurgia profilática, (que visa diminuir a progressão da doença) e a cirurgia corretiva (que visa corrigir ou melhorar articulações que já estejam artríticas).

Cirurgias preventivas:
- Sinfisiodese púbica: um método utilizado em cães muito jovens (até 5 meses) para que a pélvis cresça de forma a criar uma articulação coxofemoral mais firme.
- Osteotomia pélvica tripla: nesta cirurgia, três cortes são feitos para liberar o acetábulo do resto da bacia. Gira-se então o acetábulo, para que ele dê maior cobertura e coloca-se uma placa metálica para fixar o acetábulo nesta nova posição e permitir a cicatrização óssea. Este procedimento é muito eficiente se for feito antes do aparecimento de um grau de artrite significante.

Algumas cirurgias corretivas:
- Osteotomia da cabeça do fêmur: é uma opção para cães com alto grau de artrite. Neste procedimento, a cabeça do fêmur é removida, deixando o fêmur "flutuar livremente", levando à formação de um tecido cicatricial. Com o passar do tempo, este tecido cicatricial endurece e engrossa, criando uma pseudo-artrose, ou seja, uma "falsa" articulação.
- Substituição total da bacia: geralmente é feita em animais muito debilitados e pesando mais de 25 kg. Um novo acetábulo e uma nova cabeça de fêmur são implantados no cão, formando uma "nova" articulação coxofemoral. É uma cirurgia muito difícil de ser feita, em que o cirurgião tem que ser muito habilidoso e bem treinado.
Denervação coxofemoral: Uma cirurgia menos cruenta e menos invasiva, a denervação da articulação coxo-femoral consiste na remoção do periósteo acetabular, eliminando as fibras nervosas sensitivas da região com conseqüente promoção da analgesia.
Quando bem sucedida a denervação retira a dor, com isso ocorre a reabilitação muscular, pois o cão passa a se movimentar com desenvoltura e fortalecer a musculatura. Devido a maior contratura muscular a cabeça femoral fica mais firme no acetábulo, fato que diminui a distensão da cápsula. Com a cabeça femoral mais justa no acetábulo diminui a degradação da cartilagem, pois diminui o índice de distração .
Em casos de displasia sem grande sub-luxução (mas com sinais clínicos que a justifiquem) a técnica pode ser aplicada como única opção.
Em casos em que já está presente grave desencaixe da cabeça femoral a denervação é realizada em conjunto com a colocefalectomia (retirada da cabeça do fêmur).
Existem outros tipos de cirurgias, mas algumas são consideradas experimentais até que se tenham mais dados sobre seus resultados.

Este texto foi retirado deste tópico , onde é possível ler o texto original e suas fontes, que está a disposição caso algum leitor fique com dúvidas em relação ao assunto, e adaptado pelo canil Taura Berá para a raça Cão Lobo Tchecoslovaco.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estréia no KCSP -15/10/2011

O Kennel Clube de São Paulo é conhecido por organizar algumas das maiores exposições do Brasil, sem dúvidas esta é uma das melhores oportunidades para aproveitar o seu final de semana em um passeio pela exposição e acabar conhecendo pessoalmente as mais diversas raças de cães.
Este ano ocorrerá a estreia da raça Cão Lobo Tchecoslovaco nas pistas do KCSP, a responsável por esta oportunidade é Amanda, do canil Jack's Wolfpack que se encontrará na exposição com seu Cão lobo, Bahram Taura Berá e sua Husky, Lunita - Chyara Red Label Scotch.

Ambos serão apresentados no Sábado – dia 15/10/2011

Tabela com os horários das pistas onde os cães serão apresentados pode ser encontrada aqui!

Maiores informações sobre a exposição, local e como chegar lá, podem ser encontradas no site do KCSP.

Desejamos sorte aos participantes!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Quero um cachorro, e agora?

Primeiramente, tenha em mente de que trazer um filho peludo para a sua casa é algo que irá trazer mudanças bruscas em sua vida, muitas mudanças positivas assim como negativas, agora leve em consideração que tais mudanças assim permanecerão pelos próximos 12 anos de sua vida, você está preparado para isso?

Todos sabem que cachorro é tudo de bom, sua companhia, sua lealdade, sua pureza, cachorro é aquele amigo que podemos contar em todas as horas, é aquele único ser que acaba com a solidão de diversas pessoas, existem até mesmo pesquisas apontando sobre os benefícios para a saúde que os cães trazem aos seus proprietários, cachorro ( e outros animais de estimação) é um bicho tão magico que seu uso na Pet terapia com idosos é capaz de trazer benefícios para aqueles que apenas passam a mão em seu pelo e brincam com eles 1 vez por semana!


Tip Top e Petite (ambas vira-latas) esbanjando elegância! Pets de Andréa Barros

O que boa parte das pessoas se esquecem antes de adquirir um cãozinho é que ter um animal de estimação, principalmente um ser tão dependente quando cães, vem junto com uma porção de responsabilidades e muitos gastos.

Ter um cachorro, dependendo do tamanho, temperamento ou raça pode ser o que chamamos de uma verdadeira prisão para o proprietário, cachorro é responsabilidade e trabalho 24h/7, assim que seu cachorro chegar em casa, tudo o que você pretende fazer que vá mudar a rotina do bichinho deve ser bem pensado.
Sabe aquelas suas férias descontraída em hotéis na praia, ou com os amigos? Pois é, você só poderá fazer ela se tiver alguém de extrema confiança para cuidar de seu cãozinho, se encontrar um hotel de confiança ou mesmo se poder levar ele junto, caso isso não seja possível? Adeus férias na praia! Você vai ter que mudar de planos e adaptá-los a existência e conforto de seu peludo.

Lembre-se de que estamos mencionando aqui cães de temperamento fácil, de pequeno a médio porte, como o iniciante deve ter, não animais de grande porte, de raças com temperamento peculiar ou com grande exigência de conhecimento e ligação com o cão, como é o caso dos Cães Lobos, quando falamos de Cães Lobos, isso fica bem mais complicado e suas férias provavelmente terão de ser na companhia do cão.

Tenha em mente que após a chegada de seu cão, durante os próximos 12 anos você terá que deixar de fazer muitas coisas legais, pois não tem onde deixar o cachorro ou com quem deixar, você terá muitos gastos inusitados, sabe aquele suado dinheirinho que você estava juntando para fazer aquele upgrade em seu computador? Ele pode ir todo de uma vez só se seu cãozinho cair doente ou sofrer algum acidente.
Você terá gastos mensais com o seu animal, se for somar estes gastos durante o ano e colocar por baixo o quanto você vai gastar com o seu cão nos próximos 12 anos, provavelmente desiste de ter um peludo.

Sendo este um blog sobre Cão Lobo Tchecoslovaco, não posso deixar de mencionar que tais gastos serão muito superiores com um exemplar da raça, principalmente levando em consideração a capacidade de destruição do lar que os exemplares tem quando estão entediados.

Aceitando estes aspectos negativos, que não são poucos e nem irrelevantes, vamos para o próximo desafio!

Hime! A charmosa vira-latas do canil Valhalla Guardians (Jessica A. Paes), criadora de Cão Lobo Tchecoslovaco - PR

Se você vive com alguém, essa pessoa aceita ter que viver com um peludo também?
A aceitação de todos os membros bípedes que moram em sua casa é algo crucial para você ter ou não um cachorro, afinal, assim como ele vai alterar a SUA vida, irá também afetar na vida de todos os moradores da casa, se a ideia de ter um cachorro foi sua, podes então começar o ritual de convencimento familiar para que eles aceitem de boa ter um cachorro. Se isso não acontecer, pense bem na possibilidade de ter o cachorro quando você se mudar ou na possibilidade de trocar de parceiro (o que já vi acontecer).

Novamente, quando falamos de Cão Lobo tchecoslovaco, incluímos que a família deve ter muita experiencia com cães em geral assim como estar bem avisada sobre os prós e contras de ter um exemplar da raça.

Estou ciente das minhas responsabilidades e minha família concorda com a vinda do novo membro! E agora?

Sendo que você está lendo atentamente a esta matéria com o intuito de se preparar bem para ter um cachorro, pressuponho que este seja o seu primeiro cão!

Você não tem experiencia com animais, provavelmente não conhece nada sobre comportamento animal além de teoria, isso quer dizer que você é um dono inexperiente e que vai quebrar a cabeça para conviver em perfeita harmonia com o seu novo amigo latidor, você, por uma questão de bom senso e amor próprio, vai deixar de lado qualquer raça ou mestiço de tais raças que são consideradas como “difíceis”, ou “raças para proprietários experientes”, como Husky Siberiano, Pastor do Caucaso, Boerboel, Akita, Dobermans, assim como cães de grande porte.
Antes de ter um animal que exige o dobro de responsabilidade, por sua fama, tamanho ou temperamento, você deve primeiramente ter muita experiencia com cães de temperamento fácil, de pequeno ou médio porte.
Porque de Pequeno ou Medio/pequeno porte? Bom, simplesmente porque eles tendem a ser mais fáceis de se controlar, se o cão tentar lhe atacar por algum motivo, você terá força o suficiente para contê-lo, se o pior ocorrer, um acidente, o estrago não será grande. Maior o cão, mais forte o cão ou com temperamento mais difícil ou simplesmente mais inteligente, maior será a sua responsabilidade e sua exigência, existem raças que são dificílimas de se conviver, mesmo sendo um dono extremamente experiente, este é o caso do Cão Lobo Tchecoslovaco e do Cão Lobo de Saarloos.


A melhor escolha para você, iniciante, é um vira-latas pequeno e adulto! Sim adulto! Um animal adulto já vem parcialmente ensinado, não passa pela terrível faze de filhote, onde qualquer erro por parte do proprietário pode ser desastroso e quando você for adotá-lo já saberá com 100% de certeza sobre o seu tamanho e características.
Sendo que você não tem experiencia com cães, não saberá também escolher, nesse caso explique este fato para o protetor ou para a pessoa responsável pelos cães para que ele lhe indique um cão fácil, que bata com as características comportamentais desejadas por você e que seja de pequeno/médio porte, sem dúvidas o protetor/pessoa responsável lhe ajudará com extremo prazer!

Bahram Taura Berá (a frente, deitado), Cloud - o gostosão (vira-latas, de pé) e Chyara Red Label Scotch (Deitada atrás, mais conhecida como Lunita, Husky Siberiana divina!) - Matilha do canil Jack's Wolfpack - PR

Adotar um vira-latas, você nunca teve cachorro, não tem ideia de como é conviver com um e o máximo de experiencia que tens é com o cão dos outros e com o que você lê, nesse caso, o motivo que leva 99% das pessoas a optar por um cão de raça é meramente a aparência, o que normalmente leva a pessoa a um erro grave, escolher pela aparência sem se preocupar com o temperamento. Isso explica porque temos tantos cães de raças como Huskies abandonados por aí, cães lindíssimos, o sonho de muita gente, mas difíceis de conviver, normalmente impossíveis para um iniciante.


Se você deseja muito um cão de raça, adote um cãozinho sem raça, ganhe experiencia e quando se sentir seguro o suficiente, passe a pesquisar sobre a raça que você gosta e veja a possibilidade de ter um exemplar futuramente, ou quando o seu atual cão for mais velho, ou quando ele já tiver passado pela ponte do arco-íris.


Com raça ou sem raça, isso pouco importa para quem deseja apenas um companheiro.

Alguns me dizem “mas cão de raça é mais bonito”, eu discordo fortemente, os mais belos cães que já vi eram todos vira-latas, um vira-latas bem cuidado além de lindo é UNICO, você jamais verá cão mesmo similar andando por aí, pode até achar algum mais “parecidinho”, mas jamais ele terá as mesmas características que o seu.


Fora este fato, lembre-se, adotando um cão você estará salvando uma vida, quer algo mais precioso que isso?